Cinquentar Bem: quando comecei a praticar corrida de rua aos 63 anos

Tempo de leitura: 3 minutos

Correr aos 63? Para muitos, pode soar como uma ideia ousada, ainda mais se nunca se correu antes. E eu me incluía nesse grupo. Sempre fui fã de caminhadas e trilhas, mas correr? Parecia algo bem distante da minha realidade. No entanto, a vida tem suas formas curiosas de nos cutucar, e aos 63 anos, resolvi aceitar esse novo desafio. O que começou com um medo real e palpável se transformou em uma das jornadas mais empoderadoras que já vivi.

Encarar o desconhecido

Quando tomei a decisão de começar a correr, fui tomada por um medo enorme: medo de me machucar, de fracassar, de não dar conta. Esses medos são naturais diante do novo, especialmente em uma fase da vida em que a sociedade costuma impor certos limites. Mas cinquentar bem é, antes de tudo, um estado de espírito, uma jornada de constante transformação pessoal. E foi com essa mentalidade que decidi não deixar o medo me paralisar.

Primeiros passos: dor e superação

Os treinos iniciais foram duros. Cada passada fazia meus joelhos reclamarem, e meu corpo resistia. Mas entendi que, para alcançar um novo nível de bem-estar, era preciso romper com o conforto. Cinquentar bem significa entender que a superação de si mesma é uma das ferramentas mais poderosas para conquistar uma vida saudável e feliz. Com o apoio do meu filho Otávio (que planejou e me acompanhou nos treinos iniciais) e do meu treinador de functional patterns, que me orientou e motivou, segui em frente.

A primeira conquista: 3 km de pura emoção

Minha primeira grande vitória foi correr 3 km numa competição. Pode parecer pouco para alguns, mas para mim foi a prova de que a determinação pode sim vencer barreiras e até mesmo as impostas pela idade. Cinquentar bem é mergulhar em si mesma, em busca de equilíbrio, harmonia e plenitude. Aquela corrida me mostrou que, com atitude, dá pra expandir os limites do corpo e da mente.

Um novo amor

Depois dessa corrida, me apaixonei pela prática. Não parei mais. Cada treino é um gesto de cuidado com o meu corpo, escutando-o, respeitando-o. A corrida se tornou um exercício de autorresponsabilidade com meu bem-estar físico e mental. Hoje, cultivar pensamentos positivos e cuidar do meu corpo são prioridades absolutas. Mais que exercício, correr virou uma metáfora da vida: cada passo, mesmo o menor, me aproxima dos meus objetivos.

Uma escolha consciente

Escolher começar a correr aos 63 foi uma decisão deliberada: para experimentar o novo, me desafiar e viver com intensidade. Cinquentar bem não é evitar desafios, e sim enfrentá-los com coragem e vontade. É aprender a caminhar – ou melhor, a correr – com atenção plena, sabendo que cada etapa soma no nosso bem-estar.

Sei que ainda há muitos quilômetros pela frente. Mas hoje estou mais do que pronta para cada um deles. Afinal, correr, assim como cinquentar bem, é um estado de espírito e, é esse estado que decidi cultivar todos os dias.

1 comentário em “Cinquentar Bem: quando comecei a praticar corrida de rua aos 63 anos”

  1. Maria Beatriz Sbroglio

    Com certeza, autodeterminação para VIVER BEM é um passo a mais para a longevidade.
    Tens minha admiração e respeito!

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