Quando o Herpes Zoster me Visitou: refletindo sobre o processo de envelhecimento

Tempo de leitura: 4 minutos

Ao longo da vida, enfrentamos inúmeras situações que desafiam tanto o corpo quanto a mente. Uma dessas experiências, que me atingiu de forma inesperada, foi o herpes zoster. Conhecido popularmente como “cobreiro”, essa condição, causada pela reativação do vírus da varicela-zoster (o mesmo que causa catapora), é mais comum em pessoas mais velhas, especialmente aquelas que já passaram dos 50 anos. A doença, além das lesões dolorosas na pele, traz consigo uma dor intensa que, por vezes, persiste mesmo após a cura das lesões, um quadro conhecido como neuralgia pós-herpética.

O primeiro sinal foi uma dor aguda e uma sensação de formigamento em um lado do corpo, logo seguidos por uma erupção cutânea que rapidamente evoluiu para bolhas cheias de líquido. A dor era persistente, como se meu corpo estivesse sendo constantemente alertado para um perigo iminente. Não demorou muito para eu perceber que o processo de envelhecimento estava se manifestando de maneira concreta e física em minha vida.

Cinquentar Bem: Um Estado de Espírito na Caminhada da Vida

Enfrentar o herpes zoster foi, de certa forma, um convite à reflexão sobre o que significa “cinquentar bem”. Para mim, cinquentar bem é mais do que apenas envelhecer com saúde física; é um movimento consciente para compreender o processo de envelhecimento enquanto ele acontece. Assim como aprender a caminhar exige prática e atenção, o envelhecimento requer uma escolha deliberada para auto-observação, autoexperimentação e autotransformação. A dor e o desconforto do herpes zoster me levaram a um mergulho interior, onde busquei equilíbrio, harmonia e plenitude.

Equilíbrio, harmonia e plenitude são estados que transcendem as condições físicas e tocam nosso eu interior, ligando-nos a instâncias mais sutis e elevadas do espírito. Durante minha experiência com o herpes zoster, tive que encontrar formas de agir na vida com a luz do farol do espírito, mesmo quando o corpo estava gritando por alívio. Agir com a consciência de que o bem-estar vai além do físico e que a conexão com o transcendente é fundamental foi o meu maior desafio.

Autorresponsabilidade e a Saúde do Corpo

O  herpes zoster também me fez repensar minha relação com o corpo. O corpo é o veículo pelo qual vivemos neste mundo, e, assim como qualquer veículo, ele precisa de cuidados constantes. A autorresponsabilidade pela saúde do corpo não se resume apenas à higiene e alimentação, mas envolve conhecer, observar e sentir o corpo. A dor me fez atentar ainda mais para as necessidades do meu corpo, reforçando a importância de estar presente e consciente em cada escolha que fazemos.

Positividade da Mente e Autossuperação

Enfrentar o herpes zoster não foi apenas um desafio físico, mas também um teste para a minha mente. Como manter a positividade diante de tanta dor? Como manter a funcionalidade do cérebro e continuar a viver a vida apesar da adversidade? Descobri que a atitude mental é crucial. A mente é um poderoso aliado na cura, e é a nossa atitude frente às adversidades que define como iremos superar os desafios. Positividade e funcionalidade, quando combinadas, transformam a mente e ampliam nossa capacidade de lidar com as demandas da vida.

A experiência também me ensinou sobre autossuperação. Escolher não se render à dor, buscar tratamento, e seguir em frente são formas de ultrapassar as limitações que o corpo impõe. Às vezes, precisamos de ajuda externa, seja de médicos, medicamentos ou terapias, mas o mais importante é manter a determinação e o empenho na escolha de continuar a caminhar, mesmo que o caminho esteja difícil.

Sair da Zona de Conforto para Cinquentar Bem

Finalmente, o herpes zoster me fez perceber a importância de sair da zona de conforto. Cinquentar bem é mais do que um estado físico; é um estado de espírito que requer esforço e dedicação. Investir tempo para observar, estudar, aprender, experimentar e mudar é essencial. A vida nos desafia constantemente, e é preciso agilidade para aceitar e transformar esses desafios em oportunidades de crescimento.

Enfrentar a herpes zoster foi uma experiência desafiadora, mas também uma oportunidade de aprofundar minha compreensão do envelhecimento. Cinquentar bem é, de fato, um estado de espírito, uma escolha consciente de viver com equilíbrio, harmonia e plenitude, independentemente das adversidades que surgem pelo caminho.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *