Neuróbica: um aliado no combate aos sintomas do Mal de Parkinson

O estudo sobre o impacto da neuróbica em pacientes com doença de Parkinson foi realizado por pesquisadores do Departamento de Neurologia da Universidade de São Paulo (USP), Brasil. O estudo foi publicado em 2020 no periódico científico “Frontiers in Aging Neuroscience” e intitulado “Neuroaerobic and Occupational Therapy Effects on Cognition and Motor Skills in Patients With Parkinson’s Disease”.

O estudo foi liderado pelo neurologista Murilo F. Aguiar e contou com a participação de outros pesquisadores da área da saúde, incluindo fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e neuropsicólogos. A pesquisa teve como objetivo investigar se a neuróbica poderia melhorar a função cognitiva e motora em pacientes com doença de Parkinson.

Os resultados do estudo sugerem que a neuróbica pode ser uma intervenção promissora para melhorar a função cognitiva e motora em pacientes com doença de Parkinson. Além disso, o estudo contribui para a crescente literatura sobre o uso de exercícios cognitivos na melhoria da saúde cerebral em diferentes condições de saúde.

A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa que afeta principalmente o sistema motor e é caracterizada por tremores, rigidez muscular e problemas de equilíbrio. No entanto, a doença de Parkinson também pode afetar a cognição, incluindo a memória de trabalho, atenção e velocidade de processamento.

Neste estudo, os pesquisadores investigaram se a neuróbica poderia melhorar a função cognitiva em pacientes com doença de Parkinson. A neuróbica é uma forma de exercício cognitivo que envolve o uso de diferentes áreas do cérebro para executar tarefas desafiadoras e não familiares.

Os pacientes com doença de Parkinson foram divididos em dois grupos: um grupo recebeu neuróbica e outro grupo recebeu terapia ocupacional tradicional. A neuróbica foi realizada duas vezes por semana durante 12 semanas e envolveu tarefas como desenhar um mapa de memória de lugares familiares e usar utensílios domésticos com a mão não dominante.

Os resultados mostraram que o grupo de neuróbica apresentou melhorias significativas na função cognitiva, incluindo memória de trabalho e velocidade de processamento, em comparação com o grupo de terapia ocupacional tradicional. Além disso, o grupo de neuróbica também apresentou melhorias significativas na função motora.

Esses resultados sugerem que a neuróbica pode ser uma intervenção promissora para melhorar a função cognitiva e motora em pacientes com doença de Parkinson. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender completamente os efeitos da neuróbica em diferentes populações e estágios da doença de Parkinson.

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