Um Nó na Garganta, Uma Paz no Coração

Tempo de leitura: 2 minutos

Hoje, o meu grupo de estimulação cognitiva, do turno da manhã, se reuniu mais uma vez. Sentamos em volta da mesa, olhos atentos, corações disponíveis. Lá fora estava frio e, através da janela envidraçada, o sol brilhava e aquecia o ambiente. Falamos sobre meditar, orar, entoar mantras. Falamos do poder das palavras e das intenções. Mas falamos, acima de tudo, de vida.

Compartilhamos histórias que moram fundo – de percepções sutis, de perdas que ainda doem, de curas silenciosas, de fé que não vacila e de esperança que insiste.

Foi mais do que um encontro de estimulação cognitiva.

Foi um encontro de almas.

Cada vez que abrimos espaço para essas trocas, não estamos apenas ativando a memória, a linguagem ou o raciocínio.

Estamos fortalecendo conexões humanas. Estamos nos sentindo parte. E isso também estimula o cérebro, de um jeito que os livros sozinhos não alcançam.

No final, nos emocionamos. Algumas lágrimas caíram. E caíram limpas, sem vergonha.

Nos abraçamos. Sinceros. Presentes.

Talvez algumas pessoas tenham voltado para casa mais leves. Outras, mais reflexivas.

Eu voltei com um nó na garganta – não de tristeza, mas de presença.

Um nó que diz: isso foi importante. E estou em paz.

Porque sei que estamos construindo juntas um espaço seguro. Um tempo confiável. Um lugar onde o pensar e o sentir caminham de mãos dadas. E é nesse entrelaçar de vivências e emoções que a estimulação cognitiva ganha vida. Que ela se torna memória afetiva, aprendizado vivido, vínculo duradouro.

Seguimos, entre palavras, silêncios, risos e, às vezes, lágrimas.

Porque isso também é cuidar da mente.

Isso também é cuidar da vida.

Leituras e estudos que inspiraram este artigo

– Encontro do meu grupo de estimulação cognitiva (julho de 2025)

– Práticas de meditação e mantras compartilhadas em grupo

– Reflexões sobre o poder da palavra e da escuta ativa

– Estudos sobre conexão emocional e saúde cognitiva na maturidade

Com presença e leveza,
Lélia Caetano