Meu envelhecimento saudável só faz sentido se as demais pessoas também puderem envelhecer de forma saudável. Não seria humano, nem justo, nem equilibrado, nem sensato, nem faria sentido algum. A busca do envelhecimento saudável encontra coerência na medida que exista consciência individual e coletiva sobre isso.
Eu envelheço bem;
Tu envelheces bem;
Ele/Ela envelhece bem;
Nós envelhecemos bem!
Todas as ideias e experiências que publico nesse espaço partem de uma decisão em contribuir para que possamos construir uma consciência mais ampla sobre o envelhecimento. O processo de envelhecimento é inevitável para toda e qualquer pessoa adulta que ainda não morreu. Sim, apenas a morte pode cessar esse processo. Então, enfrentar as especificidades e necessidades dessa etapa da vida é uma responsabilidade individual e social.
Tenho acompanhado a proposta da Organização das Nações Unidas – ONU com apoio da Organização Mundial da Saúde – OMS pautando diretrizes para que os países membros implantem políticas públicas que estejam em acordo com as necessidades da pessoa idosa, assim como ampliem e fortaleçam as redes de apoio aos necessitados, combatam a violência e a discriminação etária. Para ressoar esse movimento mundialmente foi criada a Década do Envelhecimento Saudável – 2021 a 2030, lançada em dezembro de 2020.
Fui pesquisar para saber sobre as ações do Brasil no sentido de adesão a Década do Envelhecimento Saudável e qual foi minha surpresa? No início desde ano (2021) foi lançado o Pacto Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa – PNDPI: Compromisso da Década do Envelhecimento 2020-2030, com Cartilha e tudo! Fiquei tão empolgada que fiz uma sinopse da proposta do Pacto, vejam na figura a seguir:
O PNDPI esta sob a chancela do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e, na mensagem inicial, diz “trata-se de assegurar ao idoso todos os seus direitos humanos: proteção integral, participação na comunidade, dignidade, respeito, bem-estar e a efetivação dos direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade religiosa, à convivência familiar e à segurança, colocando a pessoa idosa a salvo de qualquer espécie de violência”.
Há pouco tempo participei de conferência da Organização Panamericana da Saúde lançando a Década do Envelhecimento Saudável para o continente americano. Pude constatar que existe um engajamento muito expressivo pelo mundo afora frente a realidade do crescimento do número de idosos, bem como do aumento de sua expectativa de vida e, ações imediatas e projetadas para serem realizadas nesta década são essenciais para minimizar os impactos dessa realidade.
A busca de equilíbrio é a chave para nossa vida pessoal e para a vida coletiva. Faço parte desse grupo etário denominado “pessoa idosa” nos documentos das instituições que estão liderando a Década do Envelhecimento Saudável e, de alguma forma, quero contribuir para que possamos envelhecer com dignidade e garantias de um efetivo envelhecimento saudável, individual e coletivamente.